Por Sandy Mendes
Presidente do Senado Federal e candidato à reeleição, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) afirmou, nesta terça-feira (31/1), que a Casa não pode se tornar “palco de revanchismo” e defendeu a pacificação entre os poderes Legislativo, Judiciário e Executivo. Segundo Pacheco, este é o momento de estabelecer “paz no Brasil”.
A definição do novo comando do Congresso Nacional pelos próximos dois anos ocorrerá nesta quarta-feira (1º/2). As eleições para o cargo de presidente da Câmara e do Senado serão logo após a abertura do ano legislativo e da cerimônia de posse dos parlamentares eleitos.
“A nossa condução à frente do Senado Federal levou em conta o respeito a todos os senadores, inclusive aqueles de oposição e de situação. Em nenhuma hora, nós permitimos fazer do Senado um palco de pautas-bombas”, disse Pacheco, em entrevista à GloboNews.
“Nós buscamos ter no Senado Federal um Senado que não seja palco de revanchismo e retaliação a outros poderes, mas, ao contrário, um palco de construção positiva com Executivo e Judiciário, num momento em que temos oportunidade para isso, de, enfim, ter paz no Brasil”, completou.
Eleição
O atual presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), é considerado favorito à vitória, no entanto, ele enfrentará o candidato do PL, detentor da maior bancada da Casa neste ano.
O ex-ministro de Jair Bolsonaro e senador eleito Rogério Marinho (RN) foi o nome do partido escolhido para bater de frente com o senador mineiro. Para isso, o PL contará com o apoio de siglas como PP, de Ciro Nogueira, e o Republicanos. Há, ainda, o candidato do Podemos, Eduardo Girão (CE), que promete tirar votos dos demais concorrentes.
Para ganhar em primeiro turno a presidência da casa, o candidato precisa de pelo menos 41 votos. Se ninguém chegar a esse número, os nomes vão para o segundo turno. O escolhido toma posse em seguida.
Na Casa, a principal aposta é de que as eleições sejam definidas por traições, que ocorrem quando um senador vota contra a orientação do partido ou contra um acordo feito com determinado candidato. Vale ressaltar que o voto é secreto.
Outra possibilidade apontada pelos bolsonaristas é de que o Podemos retire, no dia da votação, a candidatura de Girão e, para enfraquecer Pacheco, apoie Marinho em peso na disputa.
Os eleitos comandarão as Casas legislativas de 1° de fevereiro de 2023 a 31 de janeiro de 2025.