Por Luiz Carlos Bordin
Chico Ferreira
Um homem identificado como Evandro Teixeira, conhecido como “Chita”, de 36 anos, foi morto na madrugada desta sexta-feira (31) no distrito de Vila Cardoso, em Porto Esperidião (MT). O filho da vítima, um adolescente de 17 anos, confessou o crime após inicialmente inventar uma história para tentar encobrir o homicídio, ocorrido, segundo relato, após o pai ameaçar a mãe com uma arma.
De acordo com a Polícia Militar, o caso foi comunicado por volta das 00h52, quando uma mulher ligou informando que havia recebido um pedido de um amigo para acionar as autoridades, relatando que o pai dele havia sido assassinado. O amigo, que depois se confirmou ser o próprio filho da vítima, admitiu o óbito, mas estava muito nervoso e não conseguiu dar detalhes naquele momento.
As equipes da PM de Glória D’Oeste e da Polícia Civil foram até o endereço informado e encontraram a família abalada. O corpo de Evandro estava caído na varanda dos fundos da residência, com muitos ferimentos e grande perda de sangue. Conforme o boletim policial, a vítima apresentava um disparo de arma de fogo no olho esquerdo e duas perfurações por faca, uma no peito e outra profunda no pescoço.
Inicialmente, a esposa e o filho contaram que um homem encapuzado teria invadido a casa após Evandro chegar alterado, portando uma espingarda e uma faca, e ameaçar a companheira. O suposto invasor, segundo eles, teria atirado e esfaqueado a vítima, fugindo em seguida com a espingarda e ameaçando a família.
No entanto, as informações apresentaram inconsistências, o que levantou suspeitas da polícia. Durante buscas nas proximidades, os agentes encontraram uma espingarda e cartuchos intactos em um terreno baldio. Pressionado, o adolescente acabou confessando o crime, afirmando que atirou no pai e, em seguida, o golpeou com uma faca “para neutralizá-lo”.
O jovem também indicou onde havia escondido as armas: um revólver calibre .38 enterrado no quintal da casa da avó e a faca usada no crime, enterrada no quintal da própria residência. Ele ainda contou que inventou a versão do invasor junto com a mãe para tentar ocultar a autoria do homicídio.
A Polícia Científica esteve no local e recolheu os materiais utilizados, incluindo as armas e o celular da vítima. O adolescente foi apreendido e encaminhado à Delegacia da Polícia Judiciária Civil de Porto Esperidião, onde deve responder por ato infracional análogo a homicídio. A mãe também foi levada para prestar depoimento sobre a tentativa de acobertar o crime.