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O vereador Renilso da Silva Senhorinho (Republicanos) apresentou um requerimento oficial à Diretoria Regional de Educação (DRE) de Cáceres, pedindo explicações sobre o não funcionamento da Educação de Jovens e Adultos (EJA) no município de São José dos Quatro Marcos durante o ano letivo de 2025.
Segundo o parlamentar, a medida busca esclarecer as causas da suspensão do programa, que tem papel essencial na inclusão educacional de jovens, adultos e idosos que não conseguiram concluir os estudos na idade adequada. “Muitos quatro-marqueses aguardam a oportunidade de retomar os estudos e conquistar novas oportunidades profissionais. A EJA representa esperança, dignidade e transformação social. É inaceitável que esteja parada no município”, afirmou o vereador.
No documento encaminhado à DRE, Renilso solicita informações sobre a previsão de retorno das turmas, o cronograma de reimplantação e as ações adotadas pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc-MT) para restabelecer o atendimento. A Diretoria Regional de Educação de Cáceres, chefiada por Soeli Aparecida Rossi, é responsável pela coordenação das unidades escolares da região, incluindo São José dos Quatro Marcos.
Renilso destacou que continuará acompanhando o caso de perto e cobrando providências para garantir que o programa seja retomado ainda neste ano. “Educação é um direito assegurado por lei. Nosso dever, como representantes do povo, é fiscalizar e garantir que esse direito seja respeitado”, reforçou o vereador.
A paralisação da Educação de Jovens e Adultos (EJA) em São José dos Quatro Marcos revela não apenas falhas de gestão estadual, mas também uma omissão preocupante do poder público municipal, que tem responsabilidades diretas e compartilhadas na garantia do direito à educação. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) é clara ao determinar que os municípios devem assegurar a oferta da educação básica, inclusive em modalidades como a EJA, disponibilizando infraestrutura, pessoal de apoio e articulação com o Estado para garantir o pleno funcionamento do programa.
Nesse contexto, a ausência da EJA em 2025 expõe uma falta de articulação e compromisso entre as esferas municipal e estadual, prejudicando jovens e adultos que dependem dessa modalidade para concluir os estudos e ampliar suas oportunidades de inserção no mercado de trabalho. Ainda que a coordenação pedagógica seja da Seduc-MT, cabe ao município agir de forma proativa, identificar a demanda local e pressionar por soluções imediatas. O impasse, portanto, reforça a necessidade de maior responsabilidade política e administrativa para que a educação deixe de ser tratada como pauta secundária e volte a ocupar o papel central que a lei e a sociedade exigem.