Por Luiz Carlos Bordin
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Uma nova mutação do coronavírus, apelidada de “variante da rouquidão”, vem preocupando autoridades de saúde após a confirmação do primeiro óbito ligado à cepa no Piauí. Em Mato Grosso, o cenário também chama atenção: já são 11.519 casos confirmados de covid-19 neste ano, com 23 mortes registradas. Somente na primeira semana de setembro, o Estado notificou 52 novas infecções, média de 7,4 por dia.
Segundo boletim da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Mato Grosso está entre as unidades da federação que apresentaram aumento nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) relacionados à doença. A virologista Ana Cláudia Trettel explica que a nova variante preserva as características gerais da covid-19, mas inclui sintomas adicionais, como rouquidão persistente, fadiga intensa, tosse seca e dor de garganta.
De acordo com especialistas, essas mudanças fazem parte do processo natural de evolução do vírus, que sofre mutações ao circular entre as pessoas. Embora nem sempre indiquem maior gravidade, exigem vigilância constante para adaptação das estratégias de prevenção e tratamento.
As amostras suspeitas são analisadas pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) e, em seguida, enviadas à Fiocruz, que realiza o sequenciamento genético para identificar novas variantes em circulação no país.
A vacinação continua sendo a principal ferramenta para prevenir formas graves da doença. Pessoas imunizadas, mesmo quando infectadas, tendem a apresentar sintomas mais leves e recuperação mais rápida. Autoridades reforçam ainda a importância da etiqueta respiratória, da higiene frequente das mãos e do uso de máscaras em caso de sintomas.