Por Luiz Carlos Bordin
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O Partido Liberal (PL) preferiu o silêncio diante da prisão do vereador licenciado e atual secretário de Saúde de Curvelândia, Roberto Serenini, detido nesta quinta-feira (4) em Cuiabá durante a Operação Infirmus. O parlamentar é acusado de envolvimento em um esquema de tráfico de drogas descoberto após a apreensão de 52 quilos de cocaína em um veículo oficial da prefeitura. Até o momento, a legenda, que costuma destacar em seus discursos a defesa de Deus, da família e dos valores morais, não se pronunciou sobre o caso. A prefeitura também não divulgou qualquer nota em seus canais oficiais.
A investigação teve início em 18 de agosto, quando um micro-ônibus da Secretaria de Saúde de Curvelândia foi parado pela Polícia Civil no Trevo do Lagarto, em Várzea Grande. O veículo transportava pacientes para hospitais de Cuiabá, mas no bagageiro estavam escondidas caixas com a droga, avaliada em mais de R$ 2 milhões.
A prisão de Serenini ocorre poucos meses após outro escândalo envolvendo um filiado da mesma sigla. Em maio deste ano, o médico e vereador Thiago Bitencourt Ianhes Barbosa (PL) foi preso sob acusação de pedofilia e de comandar um esquema de exploração sexual de menores. Na ocasião, o partido decidiu desligar o parlamentar de seus quadros.
Com a nova prisão, cresce a pressão sobre o PL, que ainda não se manifestou publicamente sobre a conduta de Serenini nem sobre eventuais medidas internas a serem adotadas.