Por Luiz Carlos Bordin
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Apesar das críticas públicas ao projeto de lei complementar aprovado no Senado que amplia o número de cadeiras no Legislativo, deputados federais e estaduais de Mato Grosso demonstram, nos bastidores, uma reação bem diferente da que apresentam à sociedade. O discurso de insatisfação não passa de estratégia política, marcada por oportunismo e demagogia, já que, longe dos microfones, muitos comemoram a medida.
Na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, o número de cadeiras passará de 24 para 30. A mudança agrada aos parlamentares que buscarão a reeleição em 2026, com exceção da deputada Janaina Riva (MDB), que deve disputar uma vaga no Senado. No cenário federal, a bancada mato-grossense na Câmara dos Deputados será ampliada de 8 para 10 parlamentares. Dentre os atuais, apenas José Medeiros (PL), também de olho no Senado, não deve buscar a recondução à Câmara.
Com a abertura de novas vagas, os deputados enxergam uma janela de oportunidade para manter seus mandatos, contando com estrutura logística consolidada e os generosos recursos do fundo eleitoral. A competição deve continuar acirrada, mas o aumento no número de cadeiras eleva as chances de permanência no poder – um fator que, ainda que não admitido publicamente, agrada quase toda a classe política mato-grossense.